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Famílias com Síndrome de Down lutam pelo acesso a testes e tratamentos para Alzheimer

por Plataforma dos Municípios
Famílias com Síndrome de Down lutam pelo acesso a testes e tratamentos para Alzheimer

Famílias com Síndrome de Down sabem que o Alzheimer é a causa mais comum de morte de pessoas seus entes e por isso cobram direitos

Atualmente, ativistas da causa estão em campanha para conseguir novos medicamentos promissores. É o caso do medicamento Leqembi, da Eisai e da Biogen, e o Donanemab experimental da Eli Lilly, bem como para a inclusão de pessoas com Síndrome de Down em ensaios clínicos de tratamentos para a doença de Alzheimer.

Vale destacar que o estudo do Alzheimer e tratamentos mais avançados já estão em pauta há algum tempo. Como exemplo, podemos citar o método de indução de proteínas de choque térmico, do médico brasileiro Marc Abreu, que não é invasivo e já autorizado pela agência de saúde reguladora dos Estados Unidos, onde o tratamento é feito.

Luta das famílias com Síndrome de Down

A agência Reuters entrevistou cinco neurologistas, também de renome, que não recomendam o uso imediato das medicações citadas acima. Isso porque os remédios não foram testados nesta população, cuja predisposição única para a doença de Alzheimer pode representar riscos adicionais de segurança.

Por outro lado, a luta das famílias com Síndrome de Down e de seus defensores é colocada na posição invulgar. Ou seja, uma vez que há um desacordo com especialistas proeminentes na área.

Além disso, a Reuters descobriu que grupos de defesa levaram a sua mensagem diretamente ao programa de saúde Medicare do governo dos EUA, buscando mudanças nas políticas que desqualificam as pessoas com Síndrome de Down do reembolso dos tratamentos.

Doença afeta mais de 6 milhões no mundo todo

A Síndrome de Down afeta 400.000 pessoas nos Estados Unidos e mais de 6 milhões em todo o mundo. Pessoas com a doença herdam uma terceira cópia do cromossomo 21, o que lhes dá uma porção extra de um gene que faz com que produzam em excesso uma proteína chamada beta amilóide.

Outros sinais

Aos 30 anos, a maioria dos indivíduos com Síndrome de Down apresenta aglomerados anormais de amiloide no cérebro, e muitos apresentam sinais de demência entre 40 e 50 anos.

Ensaios clínicos

Os ensaios clínicos de Leqembi e Donanemab, que deverão obter a aprovação dos EUA ainda este ano, mostraram que a remoção da beta-amilóide pode retardar o declínio cognitivo em pessoas com doença de Alzheimer em fase inicial.

Por fim, os defensores dos pacientes e três neurologistas entrevistados pela Reuters acreditam que o mesmo pode ser verdade para as pessoas com Síndrome de Down.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-jovem-aparecendo-polegares_7577142

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