Início Saúde Organização Social Pró-Saúde conclui gestão no Hospital Oncológico

Organização Social Pró-Saúde conclui gestão no Hospital Oncológico

por Plataforma dos Municípios
Organização Social Pró-Saúde conclui gestão no Hospital Oncológico Infantil

Organização Social Pró-Saúde ficou conhecida por um legado de excelência e serviços humanizados no local durante 6 anos e 8 meses, além de se tornar referência na oncologia infantojuvenil na Região Norte do Brasil

No fim de junho, a Organização Social Pró-Saúde encerrou sua trajetória de seis anos e oito meses como gestora do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, no Pará. Por lá, a entidade deixou um legado que contribuiu muito para a história da saúde pública no segmento da oncologia pediátrica no Estado paraense.

O papel da Organização Social Pró-Saúde na oncologia infantil

A entidade filantrópica Pró-Saúde foi a primeira gestora hospitalar a administrar a unidade que teve sua inauguração em outubro de 2015. Além disso, foi o primeiro hospital público da Amazônia especializado no tratamento contra câncer que atinge crianças e jovens de até 19 anos.

Uma gestão diferenciada

Para Alba Muniz, diretora Operacional da OS Pró-Saúde no Pará, a entidade estimulou uma “estratégica inteligente”. Isso inclui experiências e análises que visam “sempre à qualidade e ao acesso dos usuários aos serviços assistenciais humanizados”.

Ela ainda destacou que nestes anos de gestão no hospital integrou o trabalho de vários profissionais qualificados. Mas sempre em cumprimento ao que determina a legislação.

OS Pró-saúde realizou Quase 2 milhões de atendimentos

Durante sua trajetória, a Organização Social Pró-Saúde no Oncológico Infantil também permitiu ao hospital conquistar mais de 1,9 milhão de atendimentos. E desses: 3.041 mil foram cirurgias, 9.437 mil internações, 108.989 mil consultas ambulatoriais, 196.475 mil sessões de quimioterapia, 482.620 mil atendimentos multiprofissionais (Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional) e 1.198.723 milhão de exames.

Pandemia

Contudo, apesar da pandemia, a entidade filantrópica Pró-Saúde se destacou na imprensa, uma vez que no auge da crise sanitária o hospital oncológico infantil não deixou de receber nenhum caso novo de criança com câncer, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do Brasil.

Pelo contrário, durante e no pós-pandemia o time de profissionais garantiu o cuidado rigoroso dispensado às crianças internadas e a todo o time de funcionários do hospital. Sendo assim, conseguiu evitar a existência de grandes problemas com a pandemia.

E quem está à frente da direção executiva da entidade hoje é Wagner Augusto Portugal, que revelou tempos atrás que a Pró-Saúde se destaca como gestora corporativa, por conta de saber centralizar a compra de suprimentos para os clientes e é capaz de abastecer maus de 20 unidades hospitalares, chegando a economizar até 40% em 2021, na aquisição de insumos e suprimentos, por exemplo.

Em 2021, vale lembrar que a entidade divulgou um relatório de como superou desafios em um período pandêmico.

Feitos desta jornada

Entre o serviço de qualidade prestado neste período aos usuários destacou-se o projeto Selo de Excelência ONA 3. Neste caso, a iniciativa conquistou um padrão internacional de qualidade e de segurança assistencial com seus pacientes. A conquista se deu à avaliação e à qualidade, e à eficácia dos processos internos do Oncológico Infantil, realizada por auditores da Fundação Carlos Alberto Vanzolini, associada à Organização Nacional de Acreditação (ONA).

Momentos marcantes

Em 2017, o hospital começou a ser signatário do Pacto de Princípios de Empoderamento das Mulheres, uma iniciativa da ONU para promover a igualdade de gêneros e empoderamento das mulheres. No mesmo ano, entrou para o Pacto Global da ONU, alinhando-se aos dez princípios da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho, à Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e também à Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção.

EEP

Trata-se do Escritório de Experiência do Paciente (EEP), setor que disponibilizou suporte às diversas demandas do cotidiano, apresentadas tanto por colaboradores quanto por pacientes.

Neste contexto, uma das iniciativas que se destacou foi o projeto “Canto do Chef”. Aqui, crianças com câncer tiveram a chance de preparar pequenas refeições. Além disso, em algumas edições houve a presença voluntária de profissionais da área de gastronomia.

No campo da leitura, o paciente Jerllysson de Oliveira Paula, um adolescente de 15 anos, recebeu o apoio da Pró-Saúde para produzir um livreto em formato de história em quadrinhos, intitulado “Minha História”. Ela viralizou nas redes sociais. Com isso, ele teve a oportunidade de fazer eventos de lançamento oficial da sua obra, com direito a sessões de autógrafos em grandes livrarias de Belém e outras instituições públicas. 

Contudo, em janeiro de 2021, a partida de Jerllysson deixou muitos colaboradores, médicos e voluntários do hospital entristecidos. Isso porque o rapaz fez história e realizou seu sonho, além de conquistar o carinho de muitas pessoas.  

Já o Canto da Empreendedora, projeto alinhado ao Pacto de Princípios de Empoderamento das Mulheres, iniciativa da ONU, promoveu o engajamento de mulheres que cuidam de pacientes em tratamento oncológico. O projeto incentiva o empreendedorismo feminino, promove o desenvolvimento profissional e geração de renda familiar.

Humanização

Como parte do reconhecimento da entidade filantrópica à frente do Oncológico Infantil está a forma humanitária como trata seus pacientes. A atitude chamou a atenção da sociedade e conquistou elogios de instituições nacionais e locais, que visitaram esta unidade hospitalar.

Com a proposta do Percurso Lúdico tornou o hospital a primeira instituição da rede pública de saúde do Pará a implantar a iniciativa no Estado. O projeto consiste em usar um carrinho elétrico para transportar pacientes de 2 a 6 anos de idade das alas de internação até o centro cirúrgico. É um modo de promover o ato de brincar, reduzir a ansiedade, medo ou angústia aos pequenos gerados por procedimentos invasivos.

Ações sustentáveis

A Organização Social Pró-Saúde incentivou ações sustentáveis no Oncológico Infantil. Prova disso é que os investimentos implementados foram alinhados às metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

E desde 2016, o hospital aplica valores institucionais por meio de ações de conscientização sobre o meio ambiente, com processos economicamente viáveis, procurando dar assistência a todos.

No mês passado, o Oncológico Infantil obteve o nível 5, no ranking do Green Pin. Sendo assim, o hospital foi a única instituição de saúde das Regiões Norte e Nordeste e a segunda do Brasil a atingir a pontuação no Programa Nacional Green Kitchen (em português, Cozinha Verde).

Por fim, um dos projetos que gerou resultados positivos e colaborou para a prática de compartilhamento de saberes foi o “Cantinho Verde”. A horta hospitalar orgânica foi instalada no entorno da unidade. Lá são cultivadas Plantas Comestíveis Não Convencionais (PANCs) e praticadas atividades de ensino-aprendizagem com participação de crianças e adolescentes que estudam na Classe Hospitalar Prof. Roberto França, em funcionamento no hospital.

*Foto: Reprodução/ Ascom Oncológico Infantil

Postagens relacionadas