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Rotativo do cartão: dicas para evitar dívidas de juros

por Plataforma dos Municípios
Rotativo do cartão

Rotativo do cartão é ativado quando o cliente não consegue pagar integralmente a fatura, e apresenta a txa de juros mais alta do mercado

Os cartões de crédito introduziram uma modalidade conhecida como crédito rotativo, desenvolvida pelas instituições financeiras. Neste caso, o objetivo é de auxiliar os clientes que não conseguem quitar integralmente suas faturas. Ele funciona da seguinte forma: o banco empresta “dinheiro adicional” para que a pessoa consiga lidar com suas dívidas. Entretanto, especialistas do setor, como a empresa O Facilitador, especializada em soluções financeiras para pessoas e empresas que possuem dívidas em atraso, advertem que essa alternativa exige extrema cautela, uma vez que pode resultar no aumento das dívidas e comprometer seriamente as finanças.

Rotativo do cartão na prática

O rotativo do cartão de crédito, como dito acima, é ativado assim que o cliente não consegue pagar integralmente a fatura. Além disso, apresenta a taxa de juros mais alta do mercado, hoje, em torno de 14,5% ao mês. De acordo com dados do Banco Central, as instituições financeiras cobram em média 411,5% de juros ao ano nessa modalidade de crédito rotativo.

Sobre isso, o educador financeiro Lucas Silva explica:

“A maioria dos brasileiros usufruem dessa solução e acabam perdendo o controle de suas finanças, isso porque enxergam o cartão de crédito como uma  abertura para gastar até ou além do seu limite. Porém, quando chega a fatura o susto é grande e nem todos conseguem arcar com o valor da cobrança.”

Dicas para evitar juros altos

A seguir, confira dicas do especialista para quem já está endividado e considera utilizar o cartão de crédito:

Cuidado com armadilhas: Tomar decisões precipitadas pode resultar em mais dívidas, sobretudo quando se trata do pagamento mínimo da fatura do cartão. Portanto, pagar apenas o valor mínimo é um dos principais erros, pois os juros são adicionados ao saldo devedor, agravando ainda mais a dívida. Em suma, pagar apenas metade não ajudará, apenas piorará a situação. É fundamental ficar atento ao valor da fatura e garantir que esteja de acordo com sua renda mensal.

Seu limite não é sua renda: Isso pode parecer óbvio, mas muitas pessoas caem na armadilha de considerar o crédito como uma extensão de sua renda, muitas vezes sem nem perceber. Sendo assim, é recomendável comprometer no máximo 30% da renda com o cartão. Caso esse limite seja ultrapassado, certamente haverá dificuldades financeiras.

Cuidado com a diversidade de cartões: Você pode ter mais de um cartão, mas é preciso prudência para isso. O controle financeiro deve ser redobrado, uma vez que cada cartão oferece benefícios específicos e desejar aproveitá-los pode ser prejudicial. Não se engane pensando que ter mais cartões significa ter mais dinheiro; pelo contrário, quanto mais cartões usados de forma indiscriminada, mais contas a pagar.

Defina limites para evitar juros altos: Geralmente, as instituições financeiras estabelecem um limite acima do valor disponível, o que pode levar a erros. O ideal é que os gastos estejam dentro do salário mensal, e é importante definir um limite de uso.

Escolha o melhor cartão com sabedoria: Pesquisar e encontrar a melhor opção é fundamental paraseu uso. Faça uma análise identificando as taxas de juros cobradas (multas, anuidades, tarifas, entre outros). Em seguida, avalie quais oferecem mais benefícios e recompensas.

Gastos – como planejar

Além disso, há dicas para planejar gastos e ter muita cautela com os parcelamentos. Segundo a Provu, fintech especializada em meios de pagamento:

Planeje seus gastos: O planejamento financeiro deve fazer parte da rotina de todos os brasileiros. É fundamental organizar suas finanças para evitar dívidas e compras desnecessárias. Ao utilizar o crédito, faça-o com consciência e planejamento. Se você tem o valor disponível para uma compra, opte pelo pagamento no débito, evitando juros e faturas elevadas nos meses seguintes.

Utilize o cartão de forma consciente: O cartão de crédito pode ser um aliado na gestão financeira. É importante compreender que ele não é uma extensão do salário mensal, mas sim uma opção para realizar compras de maior valor parceladas ou para situações emergenciais. Se você tende a fazer compras por impulso, avalie se é realmente necessário ter um cartão de crédito.

Reflita antes de parcelar: O parcelamento é uma alternativa interessante para adquirir produtos de valor mais alto. Todavia, antes de parcelar, é fundamental refletir e analisar se será capaz de pagar as parcelas nos meses seguintes. Dependendo do valor e da necessidade, pode ser mais vantajoso poupar o dinheiro por alguns meses e realizar a compra à vista, evitando os juros do parcelamento.

Considere um empréstimo pessoal: Por fim, se você se viu preso no crédito rotativo do cartão, uma boa opção é solicitar um empréstimo pessoal. Enquanto os juros do cartão podem chegar a 20%, o empréstimo pessoal possui taxas mais baixas. Desse modo, é possível trocar uma dívida cara e, muitas vezes, abusiva, por uma opção mais barata, justa e adequada ao seu perfil financeiro.

*Foto: Reprodução/Unsplash (Mark OFlynn – unsplash.com/pt-br/fotografias/bqjswIxbhEE)

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