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Cerâmica de Alta Temperatura: Cunha se torna capital nacional de produção

por Plataforma dos Municípios
Cerâmica de Alta Temperatura

Reconhecimento como Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura ocorreu na quarta-feira (1º)

Na quarta-feira (1º), foi sancionada a Lei 14.343, que confere o título de Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura à cidade de Cunha (SP). O município fica na Serra da Bocaina, na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro.

Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura

Além disso, a Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura realiza anulamente, desde 2005, o Festival de Cerâmica. E a cidade tem hoje 21,5 mil habitantes. 

PL 7.772/2017

Contudo, vale ressaltar que a lei teve origem no PL 7.772/2017, da ex-deputada federal Pollyana Gama (SP). Quando chegou ao Senado, a proposita tramitou como PLC 65/2018. Já a relatora do texto é a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

História da cerâmica de alta temperatura de Cunha

Segundo o parecer aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), a produção de cerâmica no município começou nos anos 1970. Porém, a prática já fazia parte da história de Cunha muito antes, revela Eliziane em seu relatório:

De acordo com o parecer aprovado pela  Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), a produção de cerâmica de alta temperatura na cidade teve início nos anos 1970, mas a prática já fazia parte da história de Cunha “A produção ceramista é parte indissociável da vida do município de Cunha, estando presente na região desde os tempos da ocupação pelos índios tamoios, tendo passado também pela atividade das ‘paneleiras’, que produziam utensílios com técnica rudimentar, queimadas em ‘forno de barranco’.”

Ateliê do Antigo Matadouro

De acordo com a secretaria de Cultura de São Paulo, em 1975, o Ateliê do Antigo Matadouro foi instalado no município. A partir daí, teve início um dos mais importantes polos ceramistas do Brasil. 

Forno Noborigama

Por fim, o grupo foi pioneiro na produção de cerâmicas com o uso do forno Noborigama — linhagem de fornos chineses que foram refinados no Japão. Alimentados à lenha, a temperatura interna dessas fornalhas podem chegara a patamares superiores a 1.400 °C. Já a partir da década de 1990, outros ateliês de cerâmica de alta temperatura surgiram na cidade, o que aumentou a relevância econômica do município.

*Foto: Reprodução/Tripural Org

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