Início Cultura Obra ‘A Caipirinha’, de Tarsila não precisará ser devolvida por comprador

Obra ‘A Caipirinha’, de Tarsila não precisará ser devolvida por comprador

por Plataforma dos Municípios
obra a caipirinha, de tarsila não precisara ser devolvida por comprador

STJ decide que ‘A Caipirinha‘pertence ao empresário Salim Taufic Schahin, envolvido no escândalo da Lava Jato

Na semana passada, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o quadro “A Caipirinha”, de Tarsila do Amaral, pertencia ao empresário Salim Taufic Schahin. Ele está envolvido no escândalo da Lava Jato. Mas, com a decisão, sua penhora aos bancos credores deve ser mantida.

Obra “A Caipirinha”

Obra “A Capirinha” era alvo de uma disputa judicial entre Carlos Eduardo Schahin, filho do empresário, e os 12 bancos credores a quem seu pai deve mais de R$ 2 bilhões.

No fim de 2020, a venda do quadro foi concretizada, como uma forma de ajudar a quitar esta dívida. Porém, Carlos Eduardo afirmava que a obra foi vendida a ele pelo pai em 2012, por R$ 240 mil.

Por outro lado, os credores questionavam a legitimidade da operação, afirmando que o quadro nunca chegou a sair das mãos do Schahin pai.

Tribunal de Justiça de São Paulo

Contudo, este também foi o entendimento do de Justiça de São Paulo (TJ-SP) ao julgar o caso em segunda instância. Portanto, agora, o resultado foi reafirmado pelo STJ.

Histórico do quadro

Em 1923, a tela foi arrematada por R$ 57,5 milhões num leilão na Bolsa de Arte, em São Paulo. Na ocasião, “A Caipirinha” se tornou o símbolo da cultura artística mais cara de um artista brasileiro numa venda pública.

Os lances foram iniciados em R$ 47.613.848,66, e disputados por três colecionadores e duraram cerca de 15 minutos.

Além disso, a quantia obtida com a venda do quadro no leilão estava sendo mantida até este momento, com o encerramento da disputa judicial, numa conta específica.

Tarsila do Amaral vivia com Oswald de Andrade em Paris, quando pintou a tela em 1923. “A Caipirinha” é considerada “a primeira obra realmente moderna” do país, de acordo com o diretor da casa de leilões Bolsa de Arte, Jones Bergamin.

Em outra entrevista à Folha de S. Paulo, ele disse que era raro aparecer uma obra dessas no mercado.

“Seria a cereja no bolo de uma coleção.”

*Foto: Divulgação

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