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Retorno das aulas presenciais pode gerar sérios riscos em MG

por Plataforma dos Municípios
retorno das aulas presenciais pode gerar sérios riscos em mg

Retorno das aulas no estado mineiro pode colocar ao menos um milhão de pessoas, indica estudo da Fiocruz

O estado de Minas Gerais é o segundo maior do país, em termos de número de pessoas que pode ficar em situação de risco com o retorno das aulas presenciais. Ao todo, são aproximadamente 403 milhões de adultos entre 18 e 59 anos que possuem diabetes ou doenças cardíacas ou pulmão debilitado. Este índice vive em Minas Gerais, no mesmo espaço de pessoas menores de idade, entre 3 e 17 anos. Além disso, cerca de 622 milhões de idosos, de 60 anos ou mais, que estão na mesma situação.

Riscos do retorno das aulas presenciais

Sobre isso, a infectologista e mestre em saúde pública, Luana Araújo, considera o retorno das aulas presenciais como “um risco adicional que não sabe se vale a pena ser corrigido”.

Ela reforça que essa situação não é apenas sobre uma aglomeração de crianças de “volta” ao cotidiano:

“Uma situação é mais complexa que aglomeração de crianças. Tem todo um contexto de transporte, entre em contato com adultos. O nosso sistema de saúde ainda está sendo sobrecarregado, sem perspectiva de descida da curva. Retomar como aulas presenciais é uma decisão complexa, com efeitos que ainda não compreendemos bem e em uma situação em que a saúde pública provavelmente tenha dificuldade em usar acréscimos.”

Rede pública e particular

Araújo também destaca o fato de que a recuperação das aulas pode afetar tanto os alunos da rede pública, quanto da particular:

“As crianças de situação socioeconômica mais vulneráveis ​​ficam muito mais vulneráveis, já que moram em residências menores, dependem de transporte público, têm menos acesso ao sistema de saúde. Envolve muito mais que apenas as famílias estudadas, mas todo o contexto social.”

Orientações às crianças

Além disso, informações sobre os riscos de transmissão do novo coronavírus entre crianças também deve ser um fator a ser observado com cuidado, destaca a infectologista ao jornal O Estado de Minas:

“Um estudo sério mostra que crianças abaixo de dez anos são menos eficientes do COVID-19, mas que adolescentes entre 10 e 15 já transmitem uma doença de forma semelhante a um adulto. Ainda estamos aprendendo como uma doença ativa, mas isso deve ser levado em consideração.”

Rede estadual de ensino

Desde maio, uma rede estadual de ensino de Minas Gerais está promovendo aulas aos alunos por meio de televisão e internet. Embora tenha havido rumores, ainda não é uma previsão para o retorno das aulas presenciais no estado mineiro.

Estudo da Fiocruz

Um estudo completo da Fiocruz revela que mais de 9 milhões de adultos e idosos brasileiros, residentes com crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos ficam em risco com o retorno das aulas.

O índice equivale a 4,4% do total da população do Brasil ou, ainda, um número bem próximo do total de habitantes de Belo Horizonte e Rio de Janeiro somados.

*Foto: Divulgação

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